A naja tem fama de má e traiçoeira, mas, como a maioria das cobras, só ataca quando se sente ameaçada.
Ela primeiro tenta se esconder ou ficar imóvel para não ser vista. Se nada disso funcionar, ela fica alerta, levanta a parte dianteira do corpo e dilata o pescoço, abrindo abas laterais que parecem um capuz. Assim se torna maior e muito assustadora.
Existem cerca de 30 espécies de naja que vivem na Ásia e na África e todas têm um veneno poderosíssimo. Se ele não for neutralizado por um antídoto, causa paralisia e pode levar à morte em poucas horas.
Uma das espécies mais comuns é a naja-indiana, conhecida como naja-de-óculos porque tem na parte de trás de seu capuz um desenho que parece um par de óculos. Essas cobras podem ser encontradas nas florestas e plantações da Índia e do Paquistão. Alimentam-se de pequenos roedores, lagartos, rãs e pássaros. Com sua boca elástica, que se abre bastante, a naja consegue devorar de uma vez bichos com o dobro do tamanho de sua própria cabeça. Elas caçam nas matas, mas às vezes entram em casas em busca de ratos e acabam atacando pessoas.
O olfato das najas é muito aguçado. Na época do acasalamento, machos e fêmeas são atraídos por um cheiro característico. Depois, a fêmea procura o oco de uma árvore ou um buraco na terra para colocar entre dez e 20 ovos. Ela fica por perto para protegê-los durante uns 50 dias.
Os filhotes nascem com cerca de 30 centímetros. Eles usam os dentes para romper a casca do ovo e imediatamente ficam em posição de defesa, erguendo o corpo e inflando seus capuzes, prontos para dar o bote desde pequenos.
Em alguns países do Oriente, encantadores de serpentes tocam flautas enquanto as najas ficam em pé em um cesto e parecem dançar.
Na verdade, elas não estão encantadas pela música, até porque as cobras são surdas. O que fazem é seguir os movimentos do instrumento, como fariam com qualquer outra coisa que estivesse em sua frente e pudesse ser uma ameaça.
Outro truque dos encantadores é passar xixi de rato (um dos alimentos favoritos da naja) na flauta para que a serpente fique em posição de ataque.
Fonte:Recreio
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